O vento da madrugada batia contra meu rosto, mas não era suficiente para me acalmar. Pelo contrário. O peito subia e descia rápido demais, o coração quase rasgava as costelas. Eu não sabia se queria gritar ou pular daquela sacada só para o mundo calar de uma vez.
— Tá surtando, irmão? — a voz de Léo veio atrás de mim, debochada, carregada de um prazer cruel. Ele me agarrou pelo ombro e me puxou de volta para dentro, ignorando meu corpo rígido, ignorando o desespero no meu olhar.
— Você não vai pirar sozinho, não. — Ele riu, os dentes à mostra, como se fosse um demônio sussurrando ao meu ouvido. — Vai mergulhar até o fim comigo.
Não houve tempo para resposta. Léo se abaixou, pegou mais pó e enfiou contra o meu nariz, me segurando firme pela nuca. — Cheira, porra! — ordenou. E eu, sem forças para resistir, obedeci.
O mundo explodiu em cores e tremores. Meus olhos piscavam rápido demais, a visão turva, tudo rodava em câmera lenta. Léo gargalhava, satisfeito com minha ruína.
Ele correu at