O hall do Grupo Santos brilhava com todos os lustres de cristal, mas não tinha brilho suficiente pra disfarçar o veneno no ar.
Ana estava na frente, colada no gerente, com as suas duas capachos atrás. Eu entrei, com Zain do meu lado. Ele parecia calmo demais. E eu, pronta pra explodir.
— Joana… — Ana sorriu, aquele sorriso falso que eu conhecia. — Não acredito que teve coragem de vir. E ainda trouxe esse… — ela olhou Zain de cima a baixo — bom, nem sei como chamá-lo. Gigolô Acompanhante barato?
As hienas de Ana riram.
Senti a raiva subir.
— Cuidado com a língua, Ana. Você sabe muito bem que essa empresa não se compra com teatrinho.
— Ingênua… — ela riu baixo. — Eu já venci.
O gerente pigarreou, nervoso. — Talvez seja melhor conversarmos em particular…
— Não — Ana cortou. — Eu quero que todos vejam. Quero que vejam a sua humilhação, Joana.
Ela levantou a voz. — Gerente, mande chamarem a segurança. Expulsem essa mulher e o gigolô dela.
O gerente obedeceu e quatro brutamontes apareceram.