Os dias seguintes à assinatura do contrato foram um turbilhão.
Meu rosto estampava capas de revistas de negócios, elogiada como “a herdeira que ressuscitou o Grupo Ayra”.
Convites para jantares, propostas de parcerias, investidores que antes me evitavam agora me ligavam sem parar.
Era o tipo de reconhecimento que eu sempre sonhei. Mas no meio de todo esse brilho, eu não conseguia respirar em paz.
Porque, em cada elogio, em cada aperto de mão, em cada sorriso falso… havia sempre a mesma pergunta escondida nos olhares:
Quem é o homem ao meu lado?
Na cobertura, Zain parecia inquieto. Ele saía mais do que o normal, recebia ligações que nunca atendia perto de mim.
E quando eu o encarava, esperando uma explicação, ele só dizia:
— Ainda não, Joana. Confie em mim.
Mas até quando eu conseguiria confiar sem respostas?
Na noite de gala promovida pelo Grupo Santos para oficializar nossa parceria, a pressão ficou insuportável.
O salão estava repleto de empresários, políticos e jornalistas.
Eu usav