Priscila Barcella
 Acabei dormindo ao lado do Liam. Max veio buscar a Nina após a reunião, para que ela pudesse dormir melhor. Acordei com a coluna doendo e os meus seios vazando. A preocupação com a minha bonequinha, que mama no mínimo duas vezes durante a noite, me consumia. Sabia que, se ela tivesse dormido aqui, teria sido difícil para todos.
 Liam ainda estava na mesma condição, imóvel e vulnerável. Olhar para ele assim me deixava com um nó na garganta. Peguei meu celular e liguei para casa para saber como estavam meus filhos e se Dona Marta tinha sobrevivido à primeira noite. Ela parecia uma doce senhora, mas não sabia como seria lidar com a rotina intensa dos meus pequenos.
 — Bom dia, senhora. Como está o Liam? — perguntou Josefa assim que atendeu, com a voz carregada de preocupação.
 — Está do mesmo jeito. E os meus anjinhos, como estão? — perguntei, tentando manter a voz firme.
 — A bebê não dormiu, mas Dona Marta já saiu para levá-la até você. Os outros estão se comportando