Alice jamais esqueceria aquele instante.
O sol banhava o jardim com uma luz dourada, e o calor da tarde trazia o cheiro das hortênsias que Telma cultivava com zelo. Mas nada era mais real do que o toque da mão de Daniel sobre sua barriga, sentindo a vida que se movia dentro dela.
“Ele... ou ela... acabou de dizer que está aqui,” sussurrou Alice, com os olhos úmidos.
Daniel engoliu em seco. A emoção o dominou, silenciosa, e lágrimas começaram a escorrer, sem que ele fizesse esforço para contê-las. Levou a outra mão ao rosto dela e sorriu com doçura.
“Eu juro... vou fazer tudo diferente. Tudo certo.”
Ela também sorriu, tocando o rosto dele com carinho. Mas havia algo novo no olhar de Alice: uma firmeza tranquila, um brilho de quem sabia que agora carregava mais do que uma história de amor. Era uma guardiã de uma nova vida, e isso lhe dava coragem.
Nos dias que se seguiram, Alice mergulhou em novos rituais. Leu sobre maternidade, alimentação, cuidados com o recém-nascido. Começou a parti