O carro deslizou suavemente pelo caminho de paralelepípedos da mansão, e Alice olhava pela janela como se fosse a primeira vez. O portão se abriu lentamente, revelando o jardim bem cuidado, as flores recém-regadas e os funcionários alinhados discretamente, como se esperassem por aquele momento.
Alice apertou a mão de Daniel, ainda com um leve brilho no olhar.
“Parece que voltamos para um conto de fadas,” ela disse.
“E dessa vez, sem madrasta nem bruxa má,” ele respondeu, sorrindo.
A mansão os recebeu com silêncio e luz. Telma, a governanta, aguardava com um bolo de boas-vindas e um olhar mais suave que o habitual.
“Parabéns aos dois,” ela disse, com um aceno contido, mas sincero. “A casa ficou diferente sem vocês. Mais fria. Menos viva.”
Alice agradeceu, ainda um pouco surpresa com a gentileza de Telma.
Durante os primeiros dias, os recém-casados flutuavam por entre cômodos e afazeres, como se estivessem redescobrindo cada detalhe da vida a dois. Daniel agora dormia mais tarde, só par