Essa é uma história que começa com um casamento arranjado entre amigos pelo bem dos negócios de uma empresa. Porém , a protagonista Mia que ainda está na faculdade não está interessada em casar com um cara mais velho ,muito menos que ela não conhece . Sua amiga Mellani então lhe dá a ideia de arranjar um namoro falso ,onde ela vai apelar para o lado sentimental do seu pai . Então , elas encontram o novo aluno, e o novo jogador do time de futebol. Nathan é um cara diferente,calado e misterioso. Então , Mia vai até ele e lhe faz a proposta mais maluca da sua vida, o que Nathan aceita com muita facilidade. Numa ótima reviravolta, o pai de Mia lhe diz que ambos terão que ir a um jantar de famílias e ele lhe promete que falará com seu sócio cobre a decisão de Mia logo após o jantar. No entanto,o que Mia não esperava era que o filho mais novo do sócio de seu pai fosse Nathan. Nathan mantém a postura fingindo que não a conhece,mas logo vê a máscara de bom rapaz caindo quando ele a chantageia a ficar na farsa perante o pai de Nathan que está furioso com a situação. Mia então , achando que Nathan é um martírio para ela , se vê presa na própria teia de aranha. Porém , o que Mia não sabe é que Nathan tem um passado que ele quer esquecer um passado cheio de cicatrizes emocionais e um segredo que ele acha que vai afastar a ele de todos. No decorrer, Mia acaba se apaixonando por Nathan e ele por ela , mais rápido do que temiam. E agora Mia terá que lidar com um Nathan irregular, mas com bom coração.
Ler mais— Eu não quero me casar! — Mia gritou, suas mãos tremiam sobre a mesa do escritório do pai, que a encarava estupefato diante da explosão de sua filha.
— Como ousa falar assim com seu pai, mocinha? — A repreensão do pai ecoou no escritório.
Mia bufou, virando-se abruptamente para deixar o recinto, seus passos ecoando pelo corredor com urgência. Antes que pudesse alcançar as escadas que levavam ao segundo andar, o senhor Davis a segurou pelo braço, interrompendo seu caminho.
— Mia Davis, não dê as costas ao seu pai quando estou falando. — A voz dele soou séria, repleta de autoridade.
— Mas você não está me escutando, está apenas querendo que eu aceite essa barganha ridícula entre você e seu sócio. — Mia retrucou, os olhos marejados de lágrimas. Ela puxou o braço com um solavanco, massageando-o onde fora agarrada.
— Não diga isso, querida. Eu a amo. — O semblante sério do pai se suavizou, seu olhar transbordando de culpa.
— Como me ama? Está me condenando a uma prisão sem grades, a um casamento onde não amo o homem que estará ao meu lado. Se mamãe estivesse aqui, isso não teria acontecido. — A voz de Mia carregava amargura e tristeza.
— Oh, minha filha! Eu só quero vê-la feliz. Jamais faria algo para te causar infelicidade.
Uma risada curta escapou dos lábios de Mia, uma única lágrima escorrendo pelo seu rosto alvo, um retrato de conflito emocional.
— Como seria feliz ao lado de um homem que não conheço? Que nem sequer sei quem é direito. E além disso, ele é mais velho que eu. Eu quero ser feliz com quem eu amo. — O tom de voz de Mia suavizou-se, seus olhos buscando o pai que, como sempre, estava prestes a ceder aos seus encantos. — Papai... — ela segurou as mãos dele — papai, por favor, não me condene a isso. Deixe-me livre.
O senhor Davis sentiu um aperto no peito. Sua pequena filha, agora uma mulher, estava ali, pedindo algo que ele poderia facilmente conceder. No entanto, ele havia dado sua palavra ao sócio. Precisava honrar isso. Além disso, fora o sócio que havia alavancado a empresa. Estavam à beira da falência, e ele não podia permitir que o legado de sua família se desfizesse. Sua filha era seu tesouro mais precioso, como um anjo, bela e delicada, e ele jamais permitiria que ela caísse nas mãos de Jeremy Ferrari, o filho mais velho de seu sócio, que agora estava noivo de sua tão adorada menina.
— Perdoe-me... mas não posso voltar atrás com minha palavra. — Ele disse, sentindo o peso da decisão, enquanto observava o rosto de sua filha se desfazer em tristeza profunda. Podia ver a decepção estampada ali.
— Eu jamais vou perdoá-lo. Jamais! — Com essas palavras, Mia virou-se e subiu as escadas rapidamente, indo até seu quarto e se jogando na cama, onde chorou por horas a fio. O peso da inevitabilidade era quase insuportável.
…
Já era tarde da noite quando Mia ouviu uma leve batida na porta, que inicialmente ignorou, perdida em seus pensamentos tumultuados.
— Posso entrar, querida? — A cautelosa voz de seu pai quebrou o silêncio e a escuridão do quarto. — Bom, eu vou entrar. — Ele adentrou com cuidado, observando sua filha deitada, imersa em seu próprio mundo. — Está um pouco escuro, vou ligar a luz. — Após iluminar o quarto, ele pigarreou, colocando as mãos nos bolsos enquanto seus olhos repousavam sobre um porta-retratos que adornava a cômoda. — Sua mãe estava linda aqui, como você. — Ele murmurou, um toque de nostalgia colorindo suas palavras. — E casar com ela, viver uma vida ao seu lado, ter você, foram as melhores decisões que já tomei na vida. E sabe, eu conheci sua mãe em uma barraquinha de sorvete, e nos apaixonamos perdidamente.
— Aonde quer chegar com isso? — Mia se sentou na cama, observando seu pai parado diante da cômoda, onde os porta-retratos guardavam memórias preciosas.
Ele virou-se para encará-la nos olhos.
— Agora eu entendi tudo, você está apaixonada. Conheceu o amor da sua vida. — Ele falou com entusiasmo, quase emocionado.
Mia arregalou os olhos, uma mistura de confusão e espanto a dominando. Ela tinha ouvido corretamente? Seu pai realmente acreditava que ela estava apaixonada por outro homem? Era sério?
— Ahhh... papai, eu... — Ela tentou articular uma resposta coerente.
— Mia, meu amor. — O senhor Davis aproximou-se, sentando-se ao lado da filha e segurando suas mãos. — Querida, eu sei que não tenho estado muito presente desde que perdemos sua mãe, e sei que errei ao fazer esse acordo com Fernando. Mas fique tranquila, vou dar um jeito de falar com ele, posso até vender mais partes da empresa para pagar o que devo. Mas eu nunca negaria a você, minha princesa, a sua felicidade.
— Papai, eu te amo! — Mia lançou-se nos braços do pai, que a abraçou com ternura. — Obrigada, papai, obrigada.
— Mas olha, eu quero conhecer esse tal partido pelo qual você está tão apaixonada. Fale-me dele. — Ele desfez o abraço e a encarou, seus olhos expressando curiosidade e preocupação.
Mia sentiu um frio na barriga, nunca havia mentido para seu pai. No entanto, também nunca havia se apaixonado, na verdade, nunca havia nem chegado perto de um relacionamento de verdade. Eram apenas algumas saídas inocentes e alguma pegação quando Melanni, sua melhor amiga, a levava às festinhas que seu pai nunca desconfiaria que ela frequentasse.
— E então? Quem é o rapaz misterioso? É filho de um de nossos amigos? Não é um dos meus empregados, é? — indagou com uma sobrancelha erguida.
Mia estava ficando nervosa, e agora? O que iria fazer? De onde iria tirar um namorado assim do nada?
— Ele é da faculdade, pai.
— Um advogado? Sempre pensei em ter um genro para trabalhar nos negócios comigo. — Disse animado.
Mia riu sem graça, colocou uma parte do cabelo loiro que caía insistente sobre seu rosto atrás da orelha.
— Papai, eu tenho prova amanhã e tenho que dormir. Podemos conversar amanhã, o que acha?
— Essa é minha menina, inteligente e dedicada aos estudos. — Levantou-se e deu-lhe um beijo na testa. — Boa noite querida.
— Boa noite, pai.
O senhor Davis deu alguns passos em direção à porta, mas antes que pudesse sair, olhou mais uma vez para sua filha.
— Você não está grávida, está?
Mia deu um pulo da cama, alarmada com o susto da pergunta repentina.
— Papai, é claro que não! — disse alarmada, sentindo-se envergonhada com a situação.
— Mia, se está grávida, saiba que pode contar comigo, eu...
— Papai, pare por favor. — Disse levantando uma mão para interrompê-lo — Eu não estou grávida. Bom, eu estou namorando um cara e estamos apaixonados e bem... a gente se protege. — Tentou parecer firme.
— Oh sim, claro. — sorriu para a filha — Boa noite, querida.
Quando o senhor Davis saiu, Mia jogou-se de costas sobre a cama, soltando o ar.
— E agora? O que vou fazer? — Perguntou para si mesma. — Já sei, Melanni vai saber o que fazer. — Levantou-se em um pulo, pegando o celular sobre seu criado mudo e discando o número da amiga. — Alô? Melanni, amiga, eu preciso de você. Isso, me encontra amanhã no café ao lado da saída sul da faculdade. Está bem, até amanhã.
Desligou o telefone e o jogou em cima da cama, ficando ali deitada olhando para o teto cor de marfim.
— É isso, estou completamente perdida.
…
Nove da manhã
Faculdade Estadual de Manhattan
Na atmosfera aconchegante do café, Melanni e Mia se encontravam mergulhadas em uma conversa carregada de tensão e segredos.
— Caramba, está grávida? — Melanni exclamou, batendo as duas mãos sobre a mesa, fazendo os copos tilintarem.
— Meu Deus, fala baixo! — Mia respondeu, lançando olhares cautelosos ao redor, onde os olhos curiosos de alguns frequentadores já se fixavam nelas — Mel, eu não estou grávida. — Disse entre dentes, num sussurro nervoso.
— Mas então por quê…
— Não ouviu o que eu disse? — Perguntou Mia, num tom quase imperceptível — Meu pai achava que eu estava grávida porque não queria me casar com o tal filho do sócio dele e por ter escondido o meu "namorado". — As palavras escapavam-lhe dos lábios, carregadas de frustração e receio, enquanto ela dava um gole em seu suco detox, como se buscasse alguma coragem na bebida.
— Me desculpa, eu não tinha entendido. Mas é muito bizarro o seu pai querer te casar à força em pleno século vinte e um. — Melanni deu de ombros, sua expressão mesclando surpresa e indignação. — Mas e aí, já pensou em algo?
Mia encolheu os ombros e passou uma mão no cabelo, uma expressão de angústia pairando em seu rosto. Ela mordeu o lábio inferior, sentindo-se desamparada, quando se recostou na cadeira.
— Bom, agora eu preciso de um namorado. O cara por quem estou apaixonada, o homem da minha vida. — Disse, num suspiro, levantando as mãos em gesto de resignação, como se estivesse entregando-se ao destino. — Acho que de qualquer maneira vou ter que me casar, não conheço ninguém e não posso mentir para meu pai.
O olhar de Mia encontrou o de Melanni, que a fitava com um sorriso peculiar, carregado de expectativa.
— O que foi? — Mia perguntou, sua voz soando um tanto desesperançada.
— Eu acabei de ter a ideia mais sensacional de todas. — Disse Melanni, seus olhos brilhando com entusiasmo.
— E qual é? Vou arranjar um passaporte falso e fugir? Como noiva em fuga. — Mia respondeu num tom sarcástico, brincando com o canudo em seu suco.
— Não, gata, vamos contratar um namorado para você! — A sugestão de Melanni pairou no ar, carregada de audácia e mistério, deixando Mia atônita diante da ousadia da proposta.
Mia chegou ao jantar ao lado do pai, tentando disfarçar o desconforto que sentia. A mansão estava elegantemente decorada, e ela pôde ver algumas pessoas conhecidas conversando animadamente. Seu nervosismo aumentou, visto que o pai havia lhe dito que se tratava de um jantar íntimo, não uma grande comemoração, e de repente sentiu como se estivesse indo para uma armadilha. Seu pai a guiou até onde estava seu amigo, Fernando Ferrari, que, ao vê-los, tratou logo de cumprimentá-los animado, saudando Mia com um beijo na mão.— Que linda garota temos, Robert .— Disse ele para o pai de Mia, que apenas assentiu. Ele também estava nervoso, estava a um passo de desapontar seu amigo de longa data e talvez arruinar toda uma sociedade de anos. — Jeremy está hoje em uma conferência em Houston, então minha querida, seremos só eu e nossa família toda. Vamos comer?Todos caminharam para o grande salão de jantar por um longo corredor. Mia sentia seu estômago em um nó, seu pai estava nervoso ao seu lado e
—Você vai ficar só olhando?— quebrou o silêncio o rapaz, voltando a olhar para frente e soltando outra baforada.Mia engasgou por alguns segundos. Não sabia o que dizer, e o clima estranho e constrangedor só aumentava. Suas pernas pareciam travadas, mas ela reuniu coragem ao lembrar por que estava ali. Deu alguns passos, agora praticamente na frente do rapaz, que a encarava.—Eu preciso falar algo com você—disse ela, tentando manter a voz firme e o olhar desafiador.Ele sorriu de lado.—E o que seria?—perguntou, tragando o cigarro e olhando para ela, seus olhos penetrantes deixando-a desconfortável.Mia sentiu um tom de escárnio em suas palavras. O que ele teria contra ela?—Ainda não nos conhecemos. Mas..." cruzou os braços para esconder o tremor em suas mãos. —Bem, eu tenho uma proposta.—Uma proposta? Você tem uma proposta para alguém que não conhece? —ele arqueou uma sobrancelha.—Sim. E eu vou pagar por isso—disse Mia, olhando-o nos olhos.— Então é um serviço .Interessante. Cont
Dez e meia da manhã Campus da faculdadeMia batia o pé sob a mesa enquanto ouvia o professor falar sobre fraudes dentro da lei. Era uma matéria importante, mas sua mente não estava ali e sim vagando sem rumo até um par de olhos escuros, os quais ela teria que confrontar."Tem que ser hoje, não podemos esperar mais ou sua história vai para o ralo", ecoou as palavras da amiga quando chegaram à faculdade. Ela sabia que teria que ser feito. Finalmente, o sinal tocou, indicando o fim da aula. Mia logo guardou o que tinha em cima da mesa na bolsa e saiu porta afora para o corredor, avistando Melanni à sua espera.— Vamos ao campo de futebol, os rapazes devem estar treinando — disse Melanni ao ver Mia.— Vamos falar com ele na frente de todo mundo? — Mia indagou preocupada.— Não, vamos esperar até que estejam indo embora e o confrontamos longe dos demais. Olha, eu ouvi dizer que ele sempre vai atrás da arquibancada para, sabe... — Melanni fez um bico na direção de Mia, que fez uma caret
Campus da faculdade Oito e meia da noite Melanni estacionou o carro, e a mansão da fraternidade dos jogadores de futebol estava lotada. O som alto, o falatório e o entra e sai de pessoas deixavam Mia ainda mais apreensiva. O coração batia descompassado dentro do peito, enquanto ela observava a agitação ao redor.O que diabos estava fazendo afinal? Era loucura!— O que foi? — Melanni parou de andar em direção à fraternidade, olhando para trás e vendo Mia parada, encarando a casa.— Eu não sei se é uma boa ideia. — Disse Mia receosa.— Amiga — Melanni suspirou, indo até ela e segurando-a pelos ombros. — Já fomos a muitas festas assim, está com medo de quê?— Eu acho que não vamos encontrar a pessoa certa aqui para o que queremos. Podemos tentar em outro lugar. — Disse com um olhar suplicante.— Mia, pelo amor de Deus! Me escuta, esse aqui é o lugar mais provável de encontrar alguém interessado em dinheiro. Metade desses alunos são bolsistas de família humilde. Além disso, dep
— O quê? Pagar alguém para ser meu namorado? — Mia indagou, seus olhos arregalados refletindo espanto e incredulidade.— Claro, primeiro precisamos encontrar o cara perfeito, alguém que aceite o suborno sem exigir nada em troca, com total confiança, e então criamos a história de amor mais convincente do mundo. — Melanni disse, seu sorriso transbordando convicção em relação ao plano.— Você está louca? Isso é crime, sabia? E além disso, se meu pai descobrir, ele vai ficar arrasado. Ele está sacrificando sua amizade com o sócio por mim. — Mia colocou uma mão no peito, sentindo um misto de remorso e tristeza ao pensar no pai praticamente vendendo-a.— Ah, Mia, pelo amor de Deus, prefere se casar com um cara estranho, mais velho que você e, no mínimo, repulsivo para que o próprio pai tenha que arranjar uma esposa para ele? Além disso, nos livros, isso sempre dá certo.—Melanni inclinou-se para frente, seus olhos brilhando com uma mistura de desafio e determinação.Mia olhou para sua amiga,
— Eu não quero me casar! — Mia gritou, suas mãos tremiam sobre a mesa do escritório do pai, que a encarava estupefato diante da explosão de sua filha.— Como ousa falar assim com seu pai, mocinha? — A repreensão do pai ecoou no escritório.Mia bufou, virando-se abruptamente para deixar o recinto, seus passos ecoando pelo corredor com urgência. Antes que pudesse alcançar as escadas que levavam ao segundo andar, o senhor Davis a segurou pelo braço, interrompendo seu caminho.— Mia Davis, não dê as costas ao seu pai quando estou falando. — A voz dele soou séria, repleta de autoridade.— Mas você não está me escutando, está apenas querendo que eu aceite essa barganha ridícula entre você e seu sócio. — Mia retrucou, os olhos marejados de lágrimas. Ela puxou o braço com um solavanco, massageando-o onde fora agarrada.— Não diga isso, querida. Eu a amo. — O semblante sério do pai se suavizou, seu olhar transbordando de culpa.— Como me ama? Está me condenando a uma prisão sem grades, a um c
Último capítulo