Ayla estava em um caminho cego, obscuro e incerto. Ela não podia ver onde estava, do mesmo modo que não podia prever se conseguiria sair daquela situação viva ou não.
Ela sentia os fortes movimentos do carro, como se estivesse indo em direção a uma estrada esburacada, mas nada além disso.
—O que vocês querem de mim?— ela pergunta, depois de alguns minutos de silêncio que sucederam seus gritos insanos.
Ayla tentava se soltar da corda amarrada em suas mãos, tentava se remexer pra tentar tirar aquele saco em sua cabeça, mas era em vão. Naquele ponto da vida dela, Ayla percebeu que tudo seria em vão.
—Nós não queremos nada de você.— Um homem responde muito próximo do rosto dela e Ayla sente o calor dele quando ele parece sentar-se ao seu lado. —Você é apenas uma isca para um peixe muito maior.
—Um efeito colateral. Digamos assim.— outra voz masculina interviu.
—Vocês não irão conseguir nada comigo.— Ayla insiste em falar. —Eu não significo nada para ele, estão apenas perdendo tempo.
No me