Sete anos. Era esse o número que Evelyn repetia mentalmente enquanto passava o perfume nos pulsos, depois atrás das orelhas, observando-se no espelho com um sorriso discreto. A fragrância era a mesma que usara no dia em que conheceu Reginald Ashbourne. Ela não imaginava, naquela época, que aquele homem imponente um dia seria seu marido — pai de seus filhos — e amor da vida.
Agora, ali estava ela: mãe de Oliver, de Thomas e da pequena Isabelle. E, apesar de tudo que haviam enfrentado — chantagens, escândalos, prisões e segredos —, Evelyn sentia que aquele era o verdadeiro triunfo: ainda estavam juntos. Fortes.
A porta do quarto se abriu devagar.
Reginald entrou sem dizer palavra, mas o olhar que lançou à esposa dizia tudo. Ele se aproximou pelas costas, envolveu-a com os braços, colou o corpo ao dela. Evelyn sentiu seu calor, a firmeza do peito dele em suas costas e, logo abaixo, sua excitação inconfundível.
— Ainda usa o mesmo perfume...
Ela sorriu, sem desviar o olhar do