Reginald acordou com água escorrendo pelo rosto, o frio latejando em sua pele como agulhas de gelo. Piscou algumas vezes, tentando entender onde estava. A luz que anunciava o fim da manhã penetrava por entre as copas das árvores e iluminava parcialmente o rosto de Damián, que o observava com um sorriso triunfante. Mas havia algo nos olhos dele — um leve tremor, uma hesitação escondida sob a máscara de arrogância.
— Finalmente acordou, lorde miserável... — murmurou Damián, puxando-o brutalmente pelos cabelos, forçando-o a ficar de joelhos no chão úmido. A arma de fogo pressionada contra sua têmpora com força, e dois brutamontes o vigiavam a poucos passos, imóveis como estátuas sombrias.
Reginald tentou reagir, mas as mãos estavam presas com lacres de plástico. O gosto metálico do sangue invadia sua boca, oriundo de um corte no lábio inferior. Sentia também um leve latejar na nuca — provavelmente fora nocauteado antes de acordar ali.
O local onde eles se enco