Vittoria tenta conter o gemido, mas a dor a atravessa com força, uma pressão baixa e constante que parece lhe esmagar por dentro.
O corpo se enrijece, e antes que consiga se controlar, um grito agudo de dor escapa de seus lábios, rompendo o silêncio da madrugada e fazendo o coração de Vincenzo disparar.
— Vittoria. — Vincenzo murmura, a voz tensa, sentando-se rapidamente, o coração batendo descompassado pelo susto. — O que foi, bella? — Pergunta, enquanto ela se encolhe, uma das mãos apertando o ventre, o rosto pálido e coberto de suor.
Ele se levanta em um único movimento e, ao puxar o lençol para avaliar a situação, o ar lhe escapa em silêncio.
O branco, agora manchado de vermelho vivo, parece gritar uma verdade que o cérebro se recusa a processar com rapidez.
O olhar clínico reage primeiro, mas o impacto o atravessa, e por um breve instante ele sente o medo se apoderar do corpo, um medo que não tem espaço no raciocínio médico, mas que, ainda assim, se instala entre o coração aceler