O mundo inteiro de Vittoria desmorona e renasce ao mesmo tempo, como se cada emoção colidisse dentro dela em um único segundo impossível de compreender.
Lágrimas involuntárias deslizam pelo rosto dela, enquanto a mente se recusa a aceitar o que os olhos insistem em mostrar, como se a realidade tivesse mudado em um único piscar.
Vincenzo está ajoelhado na neve que cobre a madeira, com os flocos caindo devagar sobre os cabelos dele, enquanto segura Luce sentada sobre seu joelho esquerdo, protegida entre os braços fortes que simbolizam somente amor.
A luz suave que vem das lanternas presas nas colunas da sacada ilumina o rosto dele, e o Matterhorn ao fundo parece assistir à cena como um guardião silencioso de promessas sagradas.
Luce estende a mãozinha para a mãe, segurando uma pequena caixa de veludo azul que brilha sob a lua.
Vittoria sente o ar falhar antes de conseguir respirar novamente, porque nem em sonho conseguiu imaginar algo tão profundamente perfeito.
— Vittoria. — Vincenzo c