Vittoria se aproxima e segura a mão de Helen com a delicadeza de quem reconhece uma dor que não precisa de palavras.
Os olhares se encontram por um instante, e nesse breve silêncio há um entendimento que ultrapassa qualquer consolo, o de mães que conhecem a ausência que corrói por dentro.
Sem dizer nada, Helen se vira e a envolve em um abraço trêmulo, o corpo inteiro cedendo sob o peso do luto.
Vittoria a segura firme, permitindo que o desespero dela encontre abrigo em seu peito.
É um abraço que não promete cura, apenas a companhia na dor, a certeza de que, mesmo despedaçadas, elas ainda respiram, porque o amor de uma mãe nunca perece, somente se transforma em saudade eterna.
— Pensei estar pronta. — Helen sussurra, movendo os lábios com dificuldade. — Passei noites inteiras imaginando esse dia, tentando me convencer de que seria o fim do sofrimento dela, mas não é. — Afirma, respirando fundo, e o som se parte entre soluços. — Há sete dias, Vittoria, há sete dias é o meu sofrimento qu