O bip ritmado do monitor e o fluxo contínuo do oxigênio ecoam pelo quarto, mas para Vincenzo é o som dos próprios batimentos cardíacos que parece ensurdecedor, enquanto ele mantém os olhos fixos na médica.
— O que foi que você disse? — Vincenzo repete, a voz grave e vacilante, como se cada palavra fosse arrancada da garganta somente para confirmar que não perdeu a razão.
A médica ergue o olhar do prontuário eletrônico e encara Vincenzo com calma profissional, sem se abalar pelo tom dele.
— A senhora Lucchese está grávida de seis semanas. — A médica responde, com o timbre seguro, ciente de que apenas cumpre seu dever ao informar, sem quebrar nenhum protocolo.
— Seis semanas. — Vincenzo repete, a voz grave e rouca, e o cálculo é imediato, irrefutável: foi em Bath que ela engravidou.
O olhar de Vincenzo se prende em Vittoria, o corpo dela repousa mais solto, rendido ao efeito da medicação, enquanto os olhos permanecem fechados e as pálpebras tremem levemente.
É evidente que a exaustão da