Os lábios de Vittoria se abrem e se fecham repetidamente, enquanto o olhar dela se perde no vazio, distante de qualquer realidade.
— Não, isso não é possível. — Vittoria sussurra, o olhar cravado em Vincenzo, embora já não consiga realmente enxergar os traços dele através da névoa do próprio desespero.
Ela sacode a cabeça com violência, tentando expulsar aquelas palavras, mas a verdade a esmaga com um peso cruel, da forma mais dolorosa possível.
— Não, não! — Murmura, mas logo o choro rompe em soluços que rasgam sua garganta. — Isso não pode ser verdade, é mentira, me diga que é mentira! — Implora, a voz falhando em cada sílaba, os olhos marejados se recusando a aceitar a realidade que a sufoca. — Foi um acidente, um maldito acidente. — Completa, a voz embargada, agarrando-se à mentira como se fosse o último fio de ar, porque essa versão é menos cruel do que a verdade que ele acabou de lhe entregar.
O ar começa a falhar rapidamente, enquanto o choro de Vittoria se intensifica.
O rost