Aquela decisão não surpreende apenas Fabrizio, Tommaso também se mostra impactado, permitindo que os lábios se entreabram por um breve instante, como se a pergunta estivesse prestes a escapar, mas o olhar atento ao redor e a lembrança do espaço que ocupa o fazem conter qualquer impulso.
Vincenzo, consciente de cada reação e satisfeito com a ausência de resistência, se levanta com calma, sem a necessidade de palavras finais, e atravessa o salão com a autoridade de quem não discute ordens, somente as impõe, encerrando, com o peso de sua presença, qualquer possibilidade de contestação.
Tommaso estende a mão para o irmão, em um gesto contido de respeito ou tentativa de reconciliação, mas Fabrizio recusa, erguendo-se com um movimento brusco, impulsionado pela ira que já não consegue esconder.
Os olhares ao redor o atravessam com a precisão incômoda de julgamentos silenciosos, frios, atentos, impossíveis de evitar e é nesse instante que o ódio se enraíza mais fundo, alimentado pela certeza