Fabrizio permanece de pé, o corpo rígido como pedra, os olhos fixos em Giuseppe por um breve instante, observando-o tratar com delicadeza os ferimentos de Antonella.
— Pelo amor de Deus. — Fabrizio rosna, o olhar cravado no corpo inerte de Antonella. — Leve essa puttana para a enfermaria. — Ordena, com frieza, a voz carregada de repulsa.
Com passos firmes, atravessa a sala e empurra a porta com força. Cada movimento parece rasgar o peito, consumido pela fúria e pela humilhação que arde como ferida aberta.
Ao alcançar seu escritório, gira a maçaneta com brutalidade, entra e tranca a porta atrás de si com um estalo seco.
O ar parece pesar o dobro naquele ambiente apertado demais para conter o que ele sente.
A raiva explode antes mesmo que a mente acompanhe, tomando o controle dos movimentos, como se cada fibra do corpo respondesse somente à fúria que se acumula no peito.
Arremessa a arma sobre a escrivaninha, fazendo o som metálico ecoar pelo cômodo, depois varre com o antebraço tudo