Do outro lado da linha, Seraphina não responde de imediato, como se absorvesse as palavras dele, que, mais do que uma análise estratégica, soam como uma aceitação silenciosa da própria morte.
— Está soando mais como um adeus do que como estratégia e isso não combina com você. — Seraphina comenta, a voz levemente abafada, como se tentasse esconder o incômodo que aquelas palavras provocaram.
— Ninguém se antecipa à morte, Seraphina. — Vincenzo declara, a voz firme, desprovida de emoção. — Eu não a planejo, mas seria ingênuo ignorar que, neste mundo, a morte é sempre uma ambição de alguém. — Completa, plenamente ciente de que toda essa ambição o tem como alvo central. — Então, se a morte é inevitável, quero ao menos garantir que ela não sirva aos que apenas aguardam para lucrar com ela.
— Te alertei desde o início e agora, está provando o gosto amargo da sua escolha.
— Você fala como se houvesse espaço para arrependimento. — Responde, sem pressa, cada palavra carregada de uma clareza que