Vincenzo se levanta com controle absoluto, os movimentos calmos e firmes. O olhar percorre o corpo de Vittoria de forma metódica, registrando cada lesão com atenção.

O joelho esquerdo apresenta um sangramento aberto. No antebraço direito, há um corte extenso e irregular. O ombro esquerdo revela uma ferida profunda, com sinais de impacto direto.

Ele não demonstra reação emocional. Observa em silêncio, avaliando o estado dela com precisão, como se analisasse uma variável a ser controlada, nada além de um fator em sua próxima decisão.

— Como? — Vittoria murmura, a voz fraca, quase um sussurro. Tudo nela falha ao mesmo tempo, o corpo, a respiração, a certeza.

— Uma pergunta estúpida, para combinar com a estupidez da sua fuga. — Vincenzo responde, com ironia, com a voz carregada de desprezo contido.

Dá um passo à frente, lento e preciso.

Vittoria recua por instinto, o corpo reagindo antes da razão, até perceber que não há mais para onde ir.

Atrás dela, só o mar. E à frente, ele.

— Vai, irá