Capítulo 8

Érico

Eu quase não dormi.

A cabeça martelava o tempo todo, como se cada palavra daquela amiga dela tivesse ficado gravada na minha pele. Eu tentava não pensar, mas era impossível. Cada vez que eu fechava os olhos, era como se visse ela de novo, meio zonza, me olhando sem saber quem eu era.

Na manhã seguinte, fui pra faculdade com as olheiras marcadas e a cabeça latejando. Tentei fingir que tava tudo bem, mas cada passo no corredor era um soco no peito. Eu precisava ver ela de novo. Precisava entender o que tava acontecendo.

Mas eu não tinha nada. Nenhuma foto, nenhum sobrenome, nada além de um cheiro que não saía do meu nariz.

O campus parecia ainda maior naquele dia. Eu andei pelos corredores, olhei pra cada rosto de cabelo loiro que passava por mim, mas nada. Nenhum sinal dela. Nenhuma pista.

Cheguei a parar num canto, encostado na parede, respirando fundo.

Eu pensei: “Por quem eu pergunto?”

Quantas loiras tem nessa faculdade? Dez? Cem? Um monte. Eu não sabia nem se ela estudava ali
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