Capítulo 5
Maria Eduarda
Andava feito uma doida atrás de emprego de verdade. Procurava em jornal e, com o restinho do dinheiro que ganhei da última vez que fui no apartamento daquele velho arrogante, às vezes pagava uma hora na lan house pra buscar na internet.
De vez em quando surgia um bico de faxina… mas era sempre coisa de um dia só. Trabalho fixo? Nada. O povo tava com medo… com tanto roubo nas casas, quem ia abrir a porta pra desconhecida? Por culpa das mau caráter da vida… quem só queria trabalhar direito acabava pagando o pato.
Já fazia mais de um mês que eu morava na pensão da dona Bia. Era assim que eu a chamava. Depois daquela segunda vez que fui obrigada a ir atender o velho escroto, com minha família sendo ameaçada… eu jurei que nunca mais ia me submeter a uma dessas.
Na hora, meu sangue gelou… quando aquele capanga de sotaque arrastado falou o nome da minha mãe… sendo que eu nunca tinha mencionado. Mas depois que tudo passou, lembrei muito bem de onde eu vim. Lá na minha