Capítulo 6
Érico
Confesso que cheguei na Ramiro meio incerto do que ia encontrar. Como iam me receber? Ia parecer estranho depois de tanto tempo?
Guardei o carro na minha vaga, entrei… e, quando fui pegar o uniforme e o crachá, o responsável me acenou com um sorriso:
— Bem-vindo de volta, rapaz!
Fui em passos tímidos até meu setor, mas não fiquei no canto por muito tempo. Gustavo — o engenheiro mais jovem e já formado — veio logo com aquele jeito animado de sempre, chamando atenção da equipe:
— Olha quem tá ali, turma!
Vieram todos. Apertos de mão, sorrisos, tapinhas nas costas. Era como se eu nunca tivesse sido afastado por causa da armação do velho e da Laís.
Gustavo quis saber de mim, da Enya, do bebê.
Contei sobre a ultrassonografia, o coraçãozinho batendo pela primeira vez. Ele entendeu na hora. Já era pai de um garotinho.
— É daí pra melhor, cara. Cada passinho do desenvolvimento, cada pequena conquista… é um soco de felicidade no coração da gente.
O dia correu bem. Revisei plan