Monteverde
Nem sei quantos murros na mesa eu dei só naquele dia. O escritório estava um caos. Papéis e pastas jogadas por tudo quanto é canto. Cheguei a desligar o telefone da tomada e mandei o pessoal do setor comercial se virar com o resto. Os outros ramais tocavam sem parar, mas eu não queria ouvir ninguém.
O controle tinha escorrido pelas minhas mãos… e eu odiava isso.
A agência de recrutamento ainda era o único negócio funcionando direito. Essa eu tocava pessoalmente, com a ajuda de um encarregado que servia pra uma coisa só: rodar a cidade atrás das melhores garotas. Talvez fosse o único serviço que ainda continuava de pé.
Aurélio? Sumiu. Não me atendeu mais. Outro ingrato. Depois de tudo que fiz por ele… mas já estava cuidando disso também. Logo, logo… ia cair.
Herrera… esse era um problema maior. Nenhuma notícia. E o pior… ele sabia demais. Sabia tudo. E agora… solto por aí… começava a me preocupar de verdade.
Peguei o telefone e disquei pro Rômulo. Esse ainda era fácil de con