Enya
Meu coração estava apertado. Talvez fosse só o efeito de tanta novidade acontecendo ao mesmo tempo. Eu tinha que me sentir feliz… afinal, gravidez é uma bênção, dizem. Mas ninguém conta sobre os enjoos, as dores de cabeça, a indisposição… a fraqueza.
Já estava bem melhor da virose da semana passada. Não sentia mais nada. Vivendo quase normalmente.
Quando o Érico contou sobre a quitinete, aceitei na hora. Mas, lá no fundo, evitei pensar no pior. E se não desse certo? Mal nos conhecíamos.
No caminho, com a mala no carro, minha cabeça virou um liquidificador. Ele não perguntou… e eu também não falei.
Quando chegamos, achei o lugar simpático. Dona Beatriz era um amor. Uma senhora simples, de meia-idade… com aquele olhar de quem já viu muita coisa na vida. Ela fazia almoço pros hóspedes. Comida caseira… muito melhor que a minha, que mal sabia cozinhar.
Fiquei imaginando como ia sustentar um bebê… sem nunca ter preparado uma mamadeira. Era muita coisa pra pensar.
Comecei a ajeitar minh