O dia seguinte começou nublado, com um vento que prometia chuva mais tarde. Ashiley tomou café rápido, colocou uma calça jeans escura, camiseta preta e um blazer leve. Não queria parecer montada para uma prova de vestido. Queria praticidade.
Gustavo a esperava no saguão, como sempre pronto antes dela.
— Marina já está no Rossi — avisou. — Rotas B e C liberadas. A A tem dois fotógrafos à espera.
— Ótimo — disse Ashiley. — Vamos de B.
Eles entraram no carro sem cerimônia. O motorista virou à direita, evitando a avenida principal. As ruas secundárias tinham menos movimento, menos prédios, menos olhos.
Gustavo mexia no celular, alternando mensagens com Marina e o jurídico.
— Três lentes na esquina do atelier — ele informou. — Não vão te filmar entrando.
— E se tentarem? — perguntou ela.
— Não vão — repetiu, sem levantar o rosto.
Era difícil duvidar.
O atelier Rossi ficava numa casa branca de dois andares, fachada simples, vidros altos. Quando chegaram, Marina veio até a porta e abriu imed