A sala estava mergulhada num silêncio denso, quase sufocante. O som distante de passos no corredor era a única prova de que o mundo continuava girando lá fora.
— Você está mesmo disposta a isso, Larry? — perguntou Eli, a voz grave e carregada de um peso que ele tentava esconder. — Tem certeza de que quer seguir com a proposta do médico?
Ela ergueu o olhar. Não precisou de palavras — apenas um aceno lento, quase imperceptível, mas carregado de significado. Para Eli, aquele gesto era um pacto silencioso.
Ele respirou fundo, como quem busca forças para aceitar o inevitável.
— Está bem… — disse, com um tom que soava mais como uma rendição. — Faremos isso hoje. Mas me prometa, por favor… se sentir qualquer dor, qualquer desconforto… ou se não sentir absolutamente nada, vai me pedir para parar.
O segundo aceno de Larry foi ainda mais firme, como se ela estivesse tentando gravar aquela promessa na própria alma.
No entanto, dentro dela, o que realmente pulsava não era medo — era urgência. Ela