O silêncio pairava denso entre os quatro. Nenhuma palavra parecia ter espaço naquela sala até que, de súbito, o médico teve um leve espasmo — um pequeno tic nervoso que o fez virar-se novamente para a tela com a radiografia cerebral de Larry.
— As toxinas cobriam grande parte da região motora responsável pelos comandos musculares... — murmurou, como se falasse consigo mesmo. — Mas com essa descarga elétrica... esse evento... houve uma limpeza parcial dos bloqueadores. Isso significa que...
Ele interrompeu-se. Seus olhos brilharam.
— Senhora Larissa, vamos fazer um teste rápido, tudo bem?
Eli olhou para o médico com desconfiança. Não entendia de onde vinha aquele entusiasmo repentino, mas algo dentro dele dizia que estavam à beira de algo importante.
O médico se aproximou de Larry e segurou firmemente a lateral da coxa dela.
— O que você pensa que está fazendo? — disse Eli, num tom de alerta, já erguendo o corpo da cadeira.
— Calma! — respondeu o médico, mantendo a concentração. — Dura