O cheiro de pólvora ainda pairava no ar quando a porta dos fundos foi arrombada com força. Era Cael, o mais leal dos guarda-costas de Eliezer. Suado, com a camisa rasgada e a pistola em punho, ele entrou apressado, os olhos varrendo cada canto da casa destruída.
— Senhor! — gritou, ao ver Eliezer de pé entre os corpos dos invasores.
Eliezer se virou, ainda com sangue nas mãos.
— A senhora está bem? — perguntou.
— Sim. Larry está com a mãe e o bebê no corredor. Estão assustados, mas inteiros.
Eliezer disse respirando fundo.
— Escuta, Cael. Você vai levá-los pra casa de pedra.
Cael arregalou os olhos. Aquela casa era um segredo absoluto, conhecida apenas por ele e Eliezer. Um refúgio construído para o pior dos cenários.
— Tem certeza?
— Tenho. Leva minha esposa, meu filho e a minha sogra. Fica lá com eles. Protege os três com a tua vida. Não sai de lá por nada. Nem por mim.
- Mas senhor, você vai precisar de mim nessa luta, eu gostaria de cumprir a minha promessa dando a visa par