O Preço do Poder.

O Preço do Poder.PT

Romance
Última atualização: 2025-01-21
Anny Lago  Em andamento
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Índice

Em uma manhã de ressaca, Viena Santoro acorda para descobrir que está aparentemente casada com Hector Bianchi, cujo passado sombrio está entrelaçado com o de sua família, ela e Hector se envolvem em um jogo perigoso para ver quem desiste primeiro do casamento indesejado. Porém, conforme o passado é desenterrado, segredos são revelados, e Viena percebe que seu inimigo pode se tornar seu maior aliado.

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Capítulo 1

Prólogo.

♧ Viena Santoro ♧

Você sabe que perdeu o controle quando a quarta taça de espumante parece água e o chão começa a balançar mesmo estando parada.

Mas em Vegas... ninguém liga.

Os lustres brilham como diamantes pendurados no teto e o som da música eletrônica pulsa nas minhas costelas como se fosse um segundo coração. Eu não sei mais onde larguei meu salto, minha bolsa ou minha dignidade - mas duvido que alguém aqui esteja se importando.

Eu mesma não estou.

- Mais uma dose, linda? - o garçom pergunta, já rindo da minha cara, como se soubesse que eu não vou negar.

- Se não me der, eu te demito. - Pisco pra ele, mesmo sabendo que o hotel não é meu. Nem o bar. Nem a festa. Mas hoje? Hoje tudo parece ser. Hoje, eu sou.

Estou com o vestido mais curto que encontrei na mala, um brilho exagerado nos olhos e um gosto de morango na boca que com certeza não veio de um chiclete.

Alguém passa por mim com uma bandeja cheia de coisas ilegais que nem deveriam estar ali. Eu aceito sem perguntar. Já não me importo com o que estou colocando pra dentro - quero esquecer. Quero me apagar. Quero ser só corpo, só impulso.

Me viro e rio sozinha no meio da pista de dança, braços pro alto, cabelo grudando na nuca e o suor escorrendo entre os meus seios. A música b**e forte. Eu grito, eu gargalho, eu danço como se estivesse tentando me expulsar de mim mesma.

É quando mãos fortes seguram minha cintura.

Não vejo o rosto dele - está escuro, luzes piscando, o efeito de tudo que tomei misturado ao calor e ao álcool me turvam. Mas ele está ali. Alto. Corpo quente. Respiração perto da minha orelha.

Meu corpo decide antes da minha mente. E tudo em mim grita que essa é uma péssima ideia, o tipo de decisão que termina com arrependimento no dia seguinte e talvez um vídeo viral no TikTok.

Mas ele dança bem. Tão bem que meus quadris obedecem aos dele. Tão bem que fecho os olhos e deixo minha cabeça cair para trás, rindo alto, deixando ele guiar.

- Você esta simplesmente deliciosa. - ele diz perto do meu ouvido, a voz baixa, rouca, repleta de malícia.

- E você é uma ilusão. - respondo, sem sequer abrir os olhos.

Não sei o nome dele. Não quero saber.

Eu só sei que estamos dançando como se fôssemos os únicos no salão. Como se o resto do mundo tivesse derretido em luzes e fumaça. Como se ele fosse o remédio pra todos os venenos que ingeri.

●●●●●●●●●

O quarto era um borrão de luzes amareladas e sombras dançando nas paredes. O som abafado da cidade lá fora desaparecia a cada vez que nossos corpos se chocavam com força.

A respiração dele queimava contra minha pele. Mãos firmes, urgentes, deslizando por minhas curvas com domínio e pressa. Minhas pernas o apertavam, o puxavam pra mais perto, como se eu quisesse fundi-lo em mim.

Eu montava nele com força, cabelos grudados na testa, unhas cravadas nos ombros. O suor escorria entre meus seios, a cama rangia, os lençóis estavam espalhados pelo chão.

Ele me segurava pela cintura com brutalidade, guiando meus movimentos como se o prazer fosse uma arma prestes a explodir.

Nada de beijos suaves. Nada de carinho.

Só tesão.

Só pele contra pele.

Só dois corpos se fodendo como se odiassem cada segundo daquilo - e, ao mesmo tempo, não pudessem parar.

Eu gozei com as costas arqueadas, a boca aberta, o corpo pulsando.

Ele veio logo depois, os olhos fechados, a mandíbula travada, o corpo inteiro se desfazendo dentro de mim.

Caí ao lado dele sem olhar, sem pensar.

Só o gosto quente da luxúria ainda latejando entre as minhas pernas.

●●●●●●●●●●●

Maldita a hora em que eu resolvi perder a linha.

Aceitei o convite da Alice achando que aquela festa seria exatamente o que eu precisava pra fugir do caos que era minha vida - uma distração rápida, sem consequências. Mas em nenhum momento eu planejei me descontrolar tanto.

Abro os olhos devagar, sentindo minha cabeça latejar como se os alto-falantes da boate tivessem sido enfiados direto no meu crânio. Fecho os olhos de novo, respiro fundo. Tento me levantar, mas o mundo gira como um maldito carrossel possuído.

Com esforço, me sento na cama. O estômago revira. Parece que meus órgãos vão se lançar pela minha boca a qualquer momento. Inspiro fundo mais uma vez antes de me arriscar a abrir os olhos de verdade.

A claridade me atinge como um tapa na cara. Leva alguns segundos até que tudo faça sentido - ou o mais próximo disso.

Três constatações simples:

Primeira - esse quarto definitivamente não é o meu. Não estou exagerando. Eu não faço a menor ideia de onde estou. As garrafas vazias espalhadas pelo chão, o cheiro de álcool no ar, o resto de pó branco sobre a mesa que eu sei bem o que é... nada disso é familiar. E tudo isso é um péssimo sinal.

Segunda - estou vestindo uma camisa masculina escura, longa o suficiente pra cobrir o mínimo necessário. Minhas roupas sumiram junto com minha dignidade, e minha memória é um borrão indecente. Não faço ideia de como vim parar aqui.

Terceira...

Um gemido rouco, carregado de dor, soa ao meu lado. Viro rápido, o coração acelerando num misto de pânico e intuição. E então eu vejo.

Totalmente nu, deitado na cama comigo, está ele.

Héctor Beaumont.

O maldito. O desgraçado. O cafajeste mais detestável que já cruzou meu caminho. O homem que eu odeio com cada célula do meu corpo.

Como caralhos eu vim parar nesse quarto, dessa forma, com ele?

E como se minha mente me odiasse, as lembranças começam a voltar. Aos poucos.

As carícias.

Os toques.

As provocações.

Os xingamentos.

Os múltiplos orgasmos.

Ah, ótimo.

Eu tô muito, muito fodida.

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