♧ Viena Santoro ♧ Desço as escadas com Alasca logo atrás, a coleira pendendo frouxa em minha mão. Nossa rotina matinal é sagrada - algumas voltas no quarteirão, um trote leve, o suficiente para que ela gaste a energia acumulada e, de quebra, eu também alivie o estresse que insiste em grudar na minha pele. O cheiro que vem da cozinha invade o ar como uma promessa. Bacon frito, café recém-passado, frutas frescas... Meu estômago ronca e, por um breve momento, um sorriso teimoso tenta surgir nos meus lábios. Hector realmente preparou o café da manhã. Um pequeno gesto - insignificante para alguns, mas que, vindo dele, me pega desprevenida. Entro na cozinha. Não há sinal dele, mas a mesa está impecável, cada item disposto com uma atenção surpreendente. Um toque masculino, meticuloso, quase cuidadoso demais. Me aproximo e pego uma fatia de melão já descascada, cortada em tiras simétricas. Mordo devagar, saboreando o gosto doce e refrescante. Um verdadeiro manjar dos deuses. Estendo outra
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