O jogo da verdade

Felipe Diniz

Eu nunca gostei de jogos. Jogos são para amadores, para homens que não têm coragem de enfrentar a verdade de frente. Eu prefiro contratos, acordos e certezas — linhas claras que ninguém ousa atravessar. Mas com Helena, não tenho escolha. Ela me obriga a jogar. E, se é jogo, eu jogo para esmagar, para vencer sem deixar restos.

As primeiras informações chegam na manhã de segunda-feira. O investigador que contratei é discreto, eficiente e caro. Vale cada centavo. Ele me envia um dossiê preliminar. Arquivos digitais, fotos antigas e registros que remontam a uma vida que Helena acreditou poder enterrar.

Abro o laptop em minha sala. Cada clique é um golpe certeiro contra o silêncio dela. Cada documento aberto é uma nova peça do quebra-cabeça que ela insiste em esconder de mim.

Helena Magalhães Assunção. Vinte e oito anos. Viúva de Edgar Assunção, falecido há pouco mais de dois meses em uma colisão, em Boulogne-Billancourt, na França. Filha de um advogado falido e de uma mulher
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