No meu jogo... eu sempre venço

Felipe Diniz

Os dias seguintes corroem minha tolerância como ácido. Cada novo relatório, cada planilha que cruza minha mesa, só reafirma o mesmo nome: Lucas Magalhães. Aparece em fichas, em bilhetes e em anotações de hospital — sempre sussurrado, sempre vergado a sigilo. Alguém trabalhou para enterrá-lo, para torná-lo inexistente. E eu odeio fantasmas.

Um irmão? Um filho? Um amante que ela protegeu com silêncio e fogo? A dúvida se instala no estômago como uma pedra quente que não me deixa em paz. Sinto o gosto metálico da curiosidade na boca, a mesma urgência primitiva que me leva a não aceitar lacunas. Não saber é uma provocação; e eu não respondo bem a provocações.

Ligo para o investigador. Não peço — ordeno. A voz do outro na linha vibra com cautela e tenta medir minha paciência. Outra tentativa de contornar, de disfarçar o que foi propositadamente apagado.

— Quero tudo sobre esse nome. Rápido. — Minha frase sai curta, cortante.

Há um silvo de hesitação do outro lado. E então
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