Felipe
Aquelas três palavras dela — Eu acredito em você — entram em mim como um impacto físico. Quase me tiram o ar. Não porque sejam românticas, mas porque são inimagináveis. Eu nunca tive isso. Nunca tive alguém que acreditasse em quem eu sou, e não no que eu entrego. E então, por um segundo, eu desabo por dentro. Não como fraqueza — mas como alguém que finalmente deixa cair a armadura depois de anos segurando tudo sozinho.
Abro os olhos, encontro o dela tão perto, tão firme, tão cheia de uma coragem que eu invejo.
— Helena… — murmuro, a voz rouca. — Você não faz ideia do que isso significa.
— Faço, sim. — Ela aproxima ainda mais. — Porque eu sei o que significa não ter ninguém. Sei o que é lutar sozinha. E sei o que é encontrar alguém que vale a luta.
Eu quase rio.
Quase.
Mas a verdade é que dói.
— Eu… tenho medo de te perder nisso. — admito, baixinho. — Medo de te arrastar pra um lugar que você não merece.
Ela sorri — não um sorriso leve, e sim um sorriso decidido.
— Felipe, eu já