Recuperei minha tranquilidade no instante em que Dante abriu a porta.
ㅡ Como pude esquecer disso? ㅡ falei, tentando conter o riso.
— Ele é sonâmbulo desde criança. — Dante deixou Lucas, inconsciente, seguir o caminho que queria fazer até o quarto onde estávamos.
Ele balbuciou algumas palavras que não conseguimos identificar, até que seguiu até sua cama e deitou, adormecendo por completo novamente.
Seguimos para sala e o deixamos descansar, respeitando a regra de não quebrar o transe em que ele estava.
Dante se serviu de uma xícara de café e me entregou outra, parecendo tão aliviado quanto eu.
Se não tivéssemos sido interrompidos, eu não teria conseguido me controlar. Isso me faz ficar alerta.
— Precisamos acabar com algo que nem começamos, não é? — Dante despejou tais palavras como se soubesse o que eu estava pensando.
E eu odiei admitir, mas ele estava certo. Aquilo não podia continuar.
Dois dias juntos e causamos mais estragos do que poderíamos imaginar. Não seria sábio causar