— Lucas pode acordar a qualquer momento. — minha respiração ofegante ecoou pelo cômodo silencioso.
— Então faremos silêncio. — Dante finalmente se desprendeu da porta. Parecia querer se manter ali o tempo que conseguisse, como se dependesse de um autocontrole que não possuía.
Como eu poderia julgá-lo? Sentia tudo tão intensamente que não sei como havia ficado tão plena até o momento.
Quis gritar ao vê-lo caminhar lentamente em direção a mim, quase calculando cada passo dado para não fazer barulho algum.
Já a alguns centímetros distante de mim, olhei para cima, buscando seu rosto. Sua respiração pesada atingiu minha pele, e vi o quanto ele estava ofegante, assim como eu.
Ergui minha mão em um impulso, a apoiando na musculatura rígida de seu peitoral. Não entendi porque fiz aquilo, me deixei agir com as emoções a flor da pele.
Permitir que eu seguisse de acordo com meus sentimentos seria arruinar tudo que tentei construir em meus pensamentos durante o dia que seguiu após nos conh