O fim daquele dia parecia um peso nos meus ombros, cada passo mais pesado que o anterior enquanto dirigia até a casa do meu pai. Algo em mim já estava rachando, uma fratura fina que começou no escritório, depois do sexo brutal com Benjamin, da interrupção de Amelia, do silêncio dele quando perguntei sobre nosso futuro, do encontro inesperado com Min-ho na sessão de autógrafos, da ligação horrenda após isso...
Cheguei à casa, a fachada imponente de pedra branca brilhando sob a luz fraca do crepúsculo, mas o vazio me acertou antes mesmo de abrir a porta.
Lembrei que meu pai não estava lá. Um bilhete na mesa da cozinha, escrito com sua caligrafia apressada, confirmava: ele estava viajando pela Ásia com seu melhor amigo, sem data pra voltar, como já tinha me avisado. “Cuide-se, Mi-Suk,” era a última linha, mas as palavras só cavaram mais fundo o buraco no meu peito.
Sozinha na casa, o silêncio era ensurdecedor. Passei pelas fotos na estante: eu criança, meu pai sorrindo, Benjamin em um ch