A sala de reuniões da Fundação Raízes Vivas estava silenciosa como uma catedral antes da revolução. As paredes de vidro deixavam a luz da tarde escorrer lentamente sobre a mesa, mas ali dentro, longe dos olhos do mundo, o que se armava não era luz — era justiça afiada.
Amanda, Lucca e Ricardo eram os únicos presentes. Três nomes. Três testemunhas de um momento que poderia mudar tudo.
Amanda girou o notebook devagar, como quem revela uma sentença, e encarou a tela como se desafiasse o próprio destino.
— É isso. — Sua voz saiu firme, sem tremor, carregada de algo entre fúria e alívio. — Temos datas. Provas de movimentações bancárias. Prints de conversas comprometedoras. Registros da rede interna. Histórico societário da tal “Alvorada Consultoria”.
O rastro não é só claro. É escancarado. Da Mariana até Vitória. De mentira até a origem da podridão.
Ricardo não piscou. Confirmou com um aceno sóbrio, o maxilar travado.
— O material é demolidor. Isso pode acabar com reputações, contratos, al