NARRAÇÃO DE BRADY DAWSON...
Eu não tenho paciência para frescuras.
Levei as duas até o hospital apenas para poupar a criança da chuva, e ainda segurei o guarda-chuva sobre a cabeça delas. Mas quando a pequena reclamou de fome, percebi a empregada cheia de manias, tentando negar o óbvio: ela não queria ir a um restaurante.
Ignorei. Pelo retrovisor, vi a menina deitada no colo dela, mexendo distraída em um fio de cabelo da mãe.
Quando parei em frente ao restaurante, desci e aguardei. Odeio esperar. Acendi um cigarro, controlando a vontade de ser hostil.
Fui surpreendido quando a garotinha correu até mim, segurou minha mão e me puxou com ansiedade, como se já tivesse alguma intimidade comigo. Me peguei sorrindo.
Entrei no restaurante, ignorando os olhares. Conhecem minha fama. Muitos achavam que eu não sairia mais da mansão, não depois do que aconteceu. Talvez precisasse mesmo cortar o cabelo, estava desleixado demais.
Escolhi uma mesa. Julie sentou-se ao meu lado, sorrindo, balançando a