A mansão parecia maior e mais fria depois da reunião.
Amara caminhava pelos corredores com o coração acelerado, a mente a mil.
Cada palavra dita na sala ecoava em sua cabeça, um lembrete cruel de que aquele jogo era muito maior e mais perigoso do que ela imaginava.
Dante estava na biblioteca, a luz baixa iluminando os traços duros do seu rosto.
Ele não havia se preocupado em esconder o cansaço — mas os olhos continuavam afiados, vigilantes.
Quando Amara entrou, ele levantou o olhar, avaliando-a silenciosamente.
— Pensando no conselho? — perguntou, a voz grave, rouca.
Ela assentiu, tentando não mostrar o quanto aquilo a afetava.
— Eles não vão aceitar uma mulher no comando. Nunca aceitaram.
— E você acha que eu vou deixar que eles tomem o que é seu? — ele respondeu, a intensidade em cada palavra.
Um silêncio pesado caiu entre eles.
Amara sentiu a necessidade de quebrar a distância.
— Por que você realmente está aqui, Dante? — perguntou, com um olhar direto — Não