**Maria Silva**
Bruno cruzou os braços, a expressão oscilando entre dúvida e desconforto. “Maria, isso não faz sentido. Ninguém além de mim entra aqui. Como você pode conhecer minha casa?”
Sentei-me na beirada da cama, o coração disparado, enquanto minha mente parecia tentar encaixar peças de um quebra-cabeça perdido há anos. Fechei os olhos, buscando no fundo da memória respostas para o inexplicável. E então, como flashes de um filme antigo, as imagens vieram: um riso abafado, uma voz que ainda fazia eco na minha mente, e o som distante de uma música suave tocando ao fundo.
“Matheus,” murmurei, mal reconhecendo minha própria voz.
“O quê?” Bruno se aproximou de repente, agachando-se diante de mim, o rosto tenso. “O que você disse?”
“Matheus,” repeti, agora com mais convicção. Olhei diretamente nos olhos dele, enfrentando a incredulidade que eu sabia que encontraria ali. “Eu estive aqui antes, Bruno. Com Matheus.”
O silêncio que se seguiu era quase ensurdecedor. Bruno parecia