**Scott**
Eu observei Luana subir as escadas da casa, o vestido esvoaçando levemente a cada passo dela. Um sorriso involuntário se abriu no meu rosto — como eu a amava. Não havia nada naquele mundo que eu desejasse mais do que tocá-la, tê-la inteira só para mim, sentir seu cheiro, seu calor perto do meu corpo. Aquela noite era nossa, finalmente um momento de paz depois de tanta tormenta. Não iria deixar ninguém estragar nossa história.
Mas, mesmo assim, ali estava eu, tentando parecer calmo enquanto conversava com algumas pessoas — funcionários da vinícola, gente simples, que conhecia bem a família Sartori. O som da festa misturava-se com a música e os risos das pessoas animadas. Meu olhar, no entanto, não parava de procurar Luana em cada canto.
Foi quando senti um peso no peito. O pai dela, um homem sério e austero, se aproximou devagar, com um olhar preocupado.
"Scott, onde está minha filha?" ele perguntou, a voz baixa, carregada de uma ansiedade que destoava completamente do clima