**Luana Sartori**
Por um instante, o mundo pareceu desacelerar ao meu redor. As luzes, os sorrisos, os aplausos suaves… tudo se dissolveu em um borrão quando vi Benício saindo daquele helicóptero e se aproximando. Era como se eu ouvisse os sons de seus passos, firmes e lentos, ecoando dentro de mim como um trovão abafado. Ele vinha na minha direção com aquele olhar que me desmontava, que um dia foi meu refúgio, e agora era apenas uma lembrança que eu tentava apagar.
Mas, ajoelhado bem à minha frente, estava Scott. Tão firme, tão doce, tão cheio de esperança. Ele segurava a pequena caixinha de veludo vermelha como se fosse feita de vidro. Dentro dela, um anel brilhante, prata pura, como manda a tradição inglesa. Seu olhar me atravessava com expectativa. Só me dei conta da presença dele quando sua mão tocou meu ombro com carinho, me chamando de volta para o presente. Ele já estava de pé, com o olhar desesperado, esperando por minha resposta.
Era o meu noivado.
Era o meu momento.
E eu es