O sol já se despedia quando Rose desceu a pequena escada do bangalô.
A areia ainda guardava o calor do dia, e o vento carregava o perfume do mar e do vinho recém-aberto.
Ela caminhava devagar, os pés afundando no branco macio, e o vestido leve que Pedro deixara sobre a cama balançava em volta das pernas como uma promessa.
O cenário diante dela parecia saído de um sonho:
uma mesa de madeira rústica montada bem perto da água, cercada de tochas e velas flutuantes em pequenas taças de vidro.
Flores tropicais, guardanapos dobrados com cuidado e duas taças reluzindo sob o luar.
Pedro estava lá, de camisa branca aberta no peito e calça de linho, segurando uma garrafa de vinho e um sorriso de perder o fôlego.
— Tentei competir com o pôr do sol — disse ele, quando ela se aproximou. — Mas acho que perdi.
Rose parou diante dele, o vento bagunçando o cabelo, e sorriu. — Eu devia ter desconfiado quando você sumiu da cama e mandou eu “não sair até o pôr do sol”.
— Surpresas exigem planejamento. — E