O sol nasceu preguiçoso, e o quarto ainda cheirava a sal e pele.
As cortinas se moviam com o vento, e a luz dourada invadia o bangalô como se quisesse testemunhar o que restava da noite.
Pedro acordou primeiro.
Por alguns segundos, ficou só olhando — o corpo de Rose entre os lençóis, o cabelo espalhado no travesseiro, a respiração calma.
Cada traço dela parecia um lembrete cruel de que ele estava perdido — e amando cada segundo da perdição.
Se inclinou devagar, os dedos traçando o contorno do ombro dela até o pescoço.
Rose se mexeu, um som baixo escapando da garganta.
Não era palavra, era convite.
— Já acordado? — ela murmurou, ainda de olhos fechados.
— Acordado e condenado. — Ele sorriu, voz rouca de sono e desejo. — Você é minha sentença favorita.
Ela abriu os olhos, e o sorriso veio lento, preguiçoso. — Isso é o que você diz pra todas?
— Só pras que me desarmam. — Ele se inclinou e beijou o canto da boca dela, leve, como quem pede permissão.
O toque bastou.
Rose girou o corpo e o