A noite caiu devagar, como se o céu tivesse se rendido ao amor.
O som do mar era um murmúrio constante, e o vento trazia o cheiro de sal misturado ao perfume doce das flores da ilha.
Rose estava na varanda, de costas para o quarto.
Usava apenas uma camisa branca de Pedro — grande demais, solta demais, perigosamente transparente sob a luz da lua.
O tecido dançava com a brisa, revelando pedaços de pele como se o próprio vento tivesse inveja.
Pedro apareceu na porta, apoiado no batente, observando em silêncio.
Ela parecia feita de luar — os cabelos soltos, os pés descalços, a pele úmida do banho recente.
— Se continuar me olhando assim, vai acabar me queimando com esses olhos. — disse Rose, sem se virar.
Pedro sorriu. — Acho justo. Você me queimou primeiro.
Ela riu, virando o rosto apenas o suficiente para encontrá-lo com o olhar.
— E o jantar?
— Que se dane o jantar. — respondeu, a voz rouca. — A fome é outra.
Rose se virou completamente, o brilho da lua marcando o contorno do corpo del