Léo foi ver Fellipe, que havia acordado. Lucca ficou no quarto comigo, e Léo pediu que Maria subisse.
Quando ela entrou, conversamos por algum tempo. Maria não era apenas a babá do nosso filho — tinha se mostrado uma verdadeira amiga.
Lucca deu sinal de que estava com sono, e Maria o levou para colocá-lo para dormir. Pouco depois, dona Leonor bateu à porta.
— Entre, dona Leonor — falei.
Ela entrou. Minha sogra, sempre tão bela e forte, agora parecia frágil. Sentou-se em uma poltrona próxima à cama e perguntou:
— Como você está, Helena?
— Estou bem, dona Leonor. Foi só um susto — respondi. — Mas confesso que estou assustada com a ideia de ficar aqui na França. Léo tem muitas coisas para resolver no Brasil, e ele não pode permanecer aqui.
— Não se preocupe, Helena. Léo sempre dá um jeito — respondeu ela, com a voz de quem confiava de olhos fechados na capacidade do filho.
Ficou em silêncio por alguns segundos, então começou a falar:
— Eu não sei o que vai ser daqui pra frente, Helena. R