Ao descer as escadas, Léo me disse em voz baixa que precisava ir ao hospital ver Fellipe, que ainda permanecia em coma.
— Vou com você — respondi de imediato. — Só preciso falar com Maria antes.
Lucca já dormia. Peguei minha bolsa com cuidado para não fazer barulho e seguimos.
Na estrada, o silêncio de Léo era eloquente. Seus olhos fixos no horizonte refletiam mágoa e revolta. De repente, tirou uma das mãos do volante e repousou-a sobre minha barriga.
— Como está a nossa pequena? — perguntou, a voz embargada. — Me desculpe por todo esse estresse, Helena.
Acariciei sua mão e respondi:
— Lunna está bem. E vai ficar ainda melhor quando você também estiver.
Um breve sorriso atravessou seu rosto cansado.
Chegamos ao hospital. O quarto de Fellipe estava mergulhado em um silêncio profundo, apenas quebrado pelos sons dos aparelhos. Camille já se encontrava lá. Conversamos em voz baixa, e ela nos contou que os médicos haviam começado a reduzir a medicação, para que Fellipe pudesse despertar. N