Pouco tempo depois, Maria desceu para a cozinha, com seu habitual sorriso no rosto. Lucca, que estava no meu colo, a cumprimentou com um balbucio e um sorriso banguela. Léo também apareceu, o cheiro de sabonete e de café se misturando. Ele me deu um beijo na testa e se sentou ao meu lado, os olhos ainda um pouco sonolentos, mas com a ternura de sempre.
Tomamos café juntos, a mesa cheia de pães, bolos e frutas. Mas, o mal-estar que eu sentira no avião ainda estava lá, uma tontura discreta, um enjoo que me fazia perder um pouco o apetite. Continuei quieta, sorrindo e participando da conversa, para não preocupar Léo. Não queria estragar a alegria do momento.
Léo mandou chamar Fellipe, que estava trabalhando no campo, cuidando das parreiras.
Fellipe chegou, com a terra ainda nas mãos e um sorriso no rosto. Ao ver Léo, ele soube que a conversa era séria.
Léo, com um sorriso de orelha a orelha, se dirigiu a Fellipe, a voz suave e cheia de carinho, ecoou em meu ouvido.
— Fellipe, meu amigo.