Após o retorno de seu primeiro encontro com a mãe, Samuel se viu mais perdido do que nunca. A visita à casa de Clara havia trazido à tona não apenas um turbilhão de emoções, mas também uma série de questionamentos que pareciam não ter fim. Como ele poderia seguir em frente com tantas dúvidas sobre quem realmente era? E, mais importante, como poderia continuar a jornada de reconstrução de sua vida enquanto o peso do seu passado parecia tão presente?
O silêncio que reinava em sua casa naquele final de tarde parecia ensurdecedor. Clara, agora internada em uma clínica especializada, estava bem, mas sua memória parecia flutuar entre a lucidez e a confusão. Ele sentia que, apesar de finalmente ter encontrado um pouco da verdade, ainda havia um abismo entre ele e as respostas que buscava.
A tarde avançava lentamente, e as sombras se estendiam pelo chão de madeira do seu novo lar. Samuel estava sentado na sala de estar, os pensamentos indo e voltando entre as memórias do orfanato e os rostos