O sol nascente tingia o céu com tons de cobre e dourado, acordando Céline com a luz suave que se infiltrava pelas cortinas pesadas. Seus olhos se abriram devagar, mas a mente já estava desperta, dominada por uma inquietação que ia além da luz. Um chamado silencioso, quase palpável. Um chamado que tinha a forma de Auren.
Ela se sentou na cama, puxando o lençol contra o peito como se fosse um escudo. Mas não havia como se proteger da verdade que ardia por dentro. Algo a ligava a ele, algo que ela não conseguia explicar. Céline era humana — não tinha lobo, não tinha o instinto que ele parecia carregar no sangue. Mas, ainda assim, sentia o eco dele em cada batida de seu coração.Respirou fundo, tentando expulsar o turbilhão de sensações. Havia um limite para o quanto podia lutar contra aquilo. Um limite para o que o medo podia conter.Quando saiu do quarto, a pedra fria do chão a fez estremecer. Os corredores do castelo estavam mergulhados em silêncio, g